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O risco da mudança de core business no varejo


O avanço veloz do mundo digital impacta a todos. Em especial no varejo, o uso crescente

da tecnologia vem promovendo o empoderamento do consumidor final.


A pandemia alterou os hábitos de consumo, acelerando o crescimento do comércio online.

Oferecer diferentes opções de canais tornou-se crucial para o varejista atender ao cliente,

que passou a demandar por mais conveniência, melhor atendimento e maior qualidade

dos produtos, em todos os momentos de compras.


O varejo tradicional está sendo impulsionado a se adaptar, desenvolvendo ou intensificando seu canal de e-commerce e estabelecendo parcerias com operadores de última milha. Desta forma, outras possibilidades de jornada de compras ganham relevância: compra online com retirada na loja, compra na loja e recebimento em casa, entre outras.


Soluções que antes não tinham tanta relevância, tais como entrega ultrarrápida, lojas

autônomas, social commerce, vendas D2C, marketplaces, ecossistemas etc., passam a desafiar os varejistas a repensarem suas atividades para que continuem no jogo, ou a identificar oportunidades que os façam ganhar.


Entendendo que do ponto de vista estratégico esses movimentos representam grandes ameaças aos varejistas, como não avaliar se o cenário externo exige reposicionamento?


Como ignorar a importância de todos os benefícios oriundos do conhecimento

do consumidor e da inteligência de dados para estar mais próximo ao seu cliente?


Como não reconhecer o peso que a tecnologia carrega no mundo atual, sendo um fator chave de sucesso para os negócios?


Diante de tanta turbulência, para se posicionar corretamente e continuar jogando, fazer uma boa leitura de cenários e estruturar um diagnóstico claro dos movimentos de mercado, tornam-se tarefas tão complexas quanto vitais para o varejista.


É necessário trazer luz à pergunta do famoso dilema: focar no core ou buscar novos territórios, tema amplamente detalhado por Chris Zook e James Allen no clássico da estratégia do início do século: Lucro a partir do core business.


A tentação pela ampliação de core traz riscos que devem ser mapeados e analisados metódica e cuidadosamente em todos os detalhes, visto que implicará na extensão de suas fronteiras para negócios adjacentes, em terrenos desconhecidos e muitas vezes desalinhados às suas principais competências.


Por outro lado, não se pode deixar de considerar uma possível expansão de core em

segmentos relacionados, podendo-se optar por uma estratégia de ataque que afaste novos entrantes, ou por uma estratégia de defesa, bloqueando o avanço dessa nova concorrência.


Em suma, independentemente da opção escolhida, ampliar ou manter o core business, a

principal estratégia será aquela que mais agregar valor ao consumidor, a que for capaz de

resolver sua dor. Manter ou não o core original deve sempre partir da premissa de ter o cliente no centro das decisões.

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